terça-feira, 19 de agosto de 2014

Agenda de atividades da 2ª Marcha das Vadias Uberaba


Durante os próximos dias, acontecerá uma serie de atividades que antecederão a Marcha das Vadias de Uberaba com o propósito de que todxs participem e possam contribuir para que possamos marchar conscientes de que a luta se faz diariamente.

Para isso, a organização da Marcha das Vadias criou uma agenda com todas as datas de eventos que terão culminância no dia 30 de Agosto. Segue abaixo as datas, locais e horários e seus respectivos links do facebook de eventos de cada dia com todas as informações necessárias:

Dia 22 - Último encontro da Jornada de Discussões de Gênero com o tema "Identidades Trans" com Flávia Teixeira no Sinte-Med (Rua dos Dominicanos n° 258 bairro abadia) às 19 horas (endereço no facebook) 



Dia 23 - Oficina de stencil, batuque e cartazes às 15 H na Praça Manoel Terra (próximo ao mercado municipal) (endereço no facebook)




Dia 26 - Cine debate filme: A pele que habito às 19 H no Teu (Rua Padre Zeferino n°998 bairro Fabrício) (endereço no facebook) 




Dia 27 Cine debate filme: O céu de Suely às 19 H no Teu (Rua Padre Zeferino n°998 bairro Fabrício)(endereço no facebook)

Dia 29 - Oficina de stencil, batuque e cartazes às 19 H na Praça Manoel Terra (próximo ao mercado municipal)






Dia 30 - Marcha das Vadias às 9 H Praça da Abadia (endereço no facebook)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

"Gênero e educação” foi o tema do 04° encontro da I Jornada de Discussão de Gênero



No dia 04 de agosto (segunda-feira) aconteceu 04° encontro da I Jornada de Discussão de Gênero. 

Contamos com um público especial, os alunos do ensino médio da Escola Estadual Lauro Fontoura; eles que foram convidados pela professora de sociologia da respectiva escola. A mediação foi feita pelo professor Welson Barbosa que realizou estudos sobre as questões de gênero, sexualidade e educação, analisando o suicídio de meninos devido às cobranças sociais sobre a legitimidade de sua masculinidade. 


Durante o encontro foi mostrado aos participantes como a masculinidade e a feminilidade de cada pessoa é construída a partir dos processos históricos, bem como a importância de analisar os discursos ditos e não ditos, para perceber as técnicas de controle que estamos imersos. 


Questionou-se também a autoridade que é dada a ciência, quando a mesma impõe os seus discursos científicos a cerca da sexualidade e de como as pessoas devem construir as suas vidas. 


O mês de agosto será marcado por intensos debates e atividades organizadas pela II Marcha das Vadias, teremos cine-debates, audiência, roda de conversa e oficinas de batuque, stencil e de cartazes. Além disso, no dia 22 de agosto será realizado o último encontro da I Jornada, a temática abordada será “Identidades Trans” com a professora Flávia Teixeira. E finalmente, no dia 30 de agosto marcharemos pelas ruas de Uberaba mostrando que o sexo e violência não podem ser tabus!


Vamos tod@s botar a boca no berrante!!





sexta-feira, 1 de agosto de 2014

4° Encontro da Jornada de Discussões de Gênero, com o tema "Gênero e Educação"


No dia 04 de Agosto teremos o 4° encontro da Jornada de Discussões de Gênero, a temática será "Gênero e Educação" e será mediada pelo professor Welson Barbosa dos Santos que estudou no seu doutorado "Sexualidade, gênero e conflitos na adolescência" e que tem uma abordagem com referências no Foucault.

Haverá emissão de certificado para os participantes mediante a 75% de presença na Jornada que começou em Junho e irá até o mês de Agosto. O encontro será às 19 horas no Sinte-Med que fica na Rua dos Dominicanos n° 258 bairro Abadia.

Mapa do local: 

terça-feira, 29 de julho de 2014

As mulheres, Jaquelaine e a banalidade do mal*





Assassinato de mulheres é ainda considerado violência corriqueira, comparável à onda de violência que, segundo a grande mídia, assola o país. Embora estejamos vivendo uma era de revolução tecnológica, com capacidade de comunicação à distância em tempo real, as mulheres continuam a sofrer os abusos de uma sociedade patriarcal, machista e violenta. São equiparadas a meros objetos, passíveis de consumo e propriedade, cujo papel é socialmente determinado e voltado à satisfação das necessidades e desejos dos homens.

O episódio envolvendo o seqüestro e morte brutal da estudante de jornalismo Jaquelaine Arruda Mamede, que ocorreu em Uberaba na última semana, seguida das informações que surgiram na mídia acerca do assunto, é mais um episódio lamentável de como se comportam os veículos de comunicação quando mulheres são vítimas de assassinato. As “reportagens” veiculadas procuram explicações (ou justificativas) que sejam capazes de funcionar como atenuantes para uma realidade torpe, cruel e inaceitável: as mulheres são cotidianamente espancadas, torturadas, desfiguradas, violentadas e executadas, como foi Jaquelaine!

O comportamento da mídia frente a tortura e assassinato de Jaquelaine, comparado ao tratamento dispensado às mulheres ao longo da história do Brasil, nos remete à narrativa de Gilberto Freyre em Casa Grande & Senzala, ao discorrer como o “senhor” reservava às mulheres da casa grande um espaço longe da vista e alcance de todos, enquanto as demais (negras, índias e as que não faziam parte daquele círculo restrito) eram passíveis de satisfazer seus desejos e caprichos sexuais, bem como consideradas extensão de sua propriedade.

A exposição da intimidade da vítima, sob o disfarce de que isso é necessário à elucidação do crime, é inadmissível. Cotidianamente, a imprensa e a polícia se deparam com casos de assassinatos nos quais não são divulgadas quaisquer informações acerca da intimidade das vítimas, com a alegação deque o sigilo necessário ao bom andamento das investigações. A exposição acerca da vida e intimidade de Jaquelaine deve ser creditada não à necessidade de elucidação do crime e sim como tentativa de desqualificá-la, como rotineiramente ocorre com mulheres que são vítimas de violência e assassinatos brutais.

Embora estejamos vivendo uma era de revolução tecnológica, com capacidade de comunicação à distância em tempo real, as mulheres continuam a sofrer os abusos de uma sociedade patriarcal, machista e violenta. São equiparadas a meros objetos, passíveis de consumo e propriedade, cujo papel é socialmente determinado e voltado à satisfação das necessidades e desejos dos homens.

É imprescindível que a polícia se empenhe para que esse crime brutal e hediondo seja esclarecido, e que o(s) culpado(s) punido(s) pela justiça. É o mínimo que se exige em uma sociedade que se denomina civilizada!

Todavia, chamamos essa mesma sociedade a uma grande discussão pautada pela honestidade acerca da condição da mulher, especialmente as “Jaquelaines”, cotidianamente vítimas de violência, tortura, estupro, assassinato! Necessário também debate acerca do tratamento dispensado a essas mulheres pela mídia, que reforça todo o preconceito e discriminação enraizados no tecido social.

*Arendt, Hannah – Eichmann em Jerusalém, um relato sobre a banalidade do mal.

domingo, 13 de julho de 2014

"Violência de Gênero" foi o tema do terceiro encontro da Jornada de Discussões de Gênero



Na última quinta feira (10 de Julho) foi realizado o terceiro encontro da I Jornada de Discussões de Gênero. A Jornada antecede a II Marcha das Vadias, e é um encontro para discutir e refletir sobre questões cotidianas, teóricas, práticas, de militância e resistência que tangem ao movimento feminista.

Em formato de oficina, a assistente social Qelli Rocha trabalhou a temática Violência de Gênero na perspectiva de ampliar a noção de violência, pois é muito comum relacionar a violência apenas com a violência física praticada no âmbito doméstico, bem como afirmar o estereotipo de que é dentro das classes populares que encontramos os maiores índices de violência, no entanto, a violência é praticada independente da classe social das vitimas e se estende ao âmbito público também. Outro ponto mencionado durante a oficina foi sobre a violência simbólica, que sofremos no cotidiano, mas que à incorporamos como natural.

Ainda na última quinta tivemos um espaço de divulgação da jornada e da marcha no MGTV da Rede Integração, você pode conferir vídeo por aqui (neste link).



A próxima temática a ser tratada é sobre “Gênero e Educação” e será realizado dia 04/08 no mesmo local, esperamos todas e todos para fazer mais um encontro cheio de contribuições.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Conversa sobre mulher negra na Jornada de Discussões de Gênero

No dia 25 de Junho tivemos o segundo encontro da Jornada de Discussões de Gênero com a mediação da assistente social Daniela Néspoli que além de militante, estudou movimentos de resistência, o movimento negro e os quilombos como forma de luta contra o racismo e a exploração.

A conversa foi muito participativa das pessoas que compareceram e muito produtiva com relação a reflexões sobre a exploração do capital que vem reforçar outras formas de opressão como a do trabalho, do machismo, do racismo, da homofobia e de tantas questões que oprimem a todos e todas que são submetidos ao sistema capitalista.

Compareceram no evento cerca de 27 pessoas e foi muito satisfatório tanto para os participantes como para a organização do evento.
Segue abaixo as fotos da roda de conversa:






terça-feira, 24 de junho de 2014

2° encontro da Jornada de Discussões de Gênero sobre a Mulher Negra

O segundo encontro da Jornada de Discussões de Gênero irá acontecer no dia 25 de Junho (nesta quarta-feira) às 19 horas no Sinte-Med que fica na Rua dos Dominicanos n°258 Bairro Abadia.

A roda de conversa desta fez será sobre a mulher negra e será mediada pela assistente social Daniela Néspoli. Reforçando que haverá emissão de certificado para as pessoas que comparecerem mediante a 75% de participação da jornada que vai de Junho a Agosto.


Segue abaixo o mapa do local onde acontecerá a jornada: